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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CAROLINA TANAKA, A GAROTA QUE NASCEU SEM BRAÇOS E FAZ TUDO COM OS PÉS, INCLUSIVE DIRIGIR.



O fato de nascer sem os dois braços não impediu Carolina de Paula Tanaka, 20 anos, de dirigir um carro.

Carol, como costuma ser carinhosamente chamada por todos adora enfrentar desafios.

Dirigir um carro com os pés foi o maior deles até agora.

Seu Chevrolet Classic foi adaptado às suas necessidades pela Cavenaghi, empresa de adaptação veicular.

O carro de Carol é automático.

O volante e os outros comandos estão localizados no assoalho. “Com os pés, eu direciono o meu carro, acelero, freio, dou seta e buzino. Da mesma forma que alguém faz tudo isto com as mãos”, explica a recém condutora.

O carro já foi adaptado. Agora, Carol está realizando o procedimento para tirar a sua habilitação. Ela já fez um exame médico no Detran e já marcou as 15 aulas práticas, que são exigidas pelo órgão de trânsito.

“Tirar a habilitação e poder dirigir o meu próprio carro é algo que me deixa mais independente”,diz Carol que está no 2° ano do curso de Educação Física da faculdade Metodista de Piracicaba (Unimep). Praticar esporte é algo quea estudante faz com freqüência.

Após a faculdade, ela pretende se especializar em natação e ensinar a modalidade para pessoas com deficiência. “O esporte é um incentivo, principalmente para quem tem preguiça de se exercitar.”

Veja a história da Carolina na matéria feita para o programa Geraldo Brasil:
Carol mora com a família em Piracicaba, no interior de São Paulo. Ela conta que tanto os pais como o seu irmão, Tiago deram a maior força para que ela tirasse a habilitação. Aliás, a jovem sempre contou com o apoio da família e dos amigos para alcançar os seus objetivos.

Por não ter os dois braços, Carol sempre precisou da ajuda de outras pessoas para pegar algo ou mesmo para se vestir. Ela lembra que quando criança, os colegas da escola eram solidários. “Eles me ajudavam a prender os cabelos e amarrar o tênis”, lembra Carol com saudades da infância, quando andava de bicicleta, pulava corda e passava a maior parte do tempo brincando de barbie.

Por outro lado, Carol também lembra de fatos que a entristecia. Desde de criança sofria preconceito por causa da deficiência.

Ela conta que na escola tinha uma turminha de garotos que a imitavam. Eles costumavam colocar os braços por dentro da blusa, olhavam para ela e caiam na risada. “Isto é muito ruim. Acho que a palavra preconceito nem deveria existir no dicionário”, diz a estudante, acrescentando que às vezes se sente incomodada quando lançam sobre ela olhares curiosos. “As pessoas olham como se eu fosse uma coisa muito estranha, monstruosa, e não é assim. Sou um ser humano com muita saúde e alegria.”

Carol garante que o preconceito ela tira de letra, pois se o levasse em consideração, não sairia de casa em busca de seus ideais. Esta garota é realmente persistente e objetiva, quando deseja algo vai atrás até conseguir. Foi assim para conquistar a sua habilitação. Agora, o próximo desafio é estar na equipe brasileira de natação nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008.

Fonte: Sentidos UOL

Um comentário:

Anônimo disse...

ACHO A CAROL LINDA E UM GRANDE EXEMPLO PRA QUEM VIVE RECLAMANDO DA VIDA, CAROL VC É NÃO É 10, E SIM 11.